Declaração ao tempo

 Tempo

Um senhor que pode ser nosso amigo, ou o nosso pior inimigo, o elemento vital de que tentamos fugir.
O nosso placebo que alivia a presença de nossa não tão querida amiga morte.
Ele nos engana, como uma borboleta negra, que vemos voando e sentimos medo, por parecer forte e tenebrosa, quando continua sendo uma simples borboleta, diferente das outras apenas pela aparência.

 O tempo seria apenas os dias, horas que gastamos? O tempo que vale ou valeu a pena foram tão longos?
Deus! Como podemos aproveitar nosso tempo!? Existe uma forma de provarmos que estamos certos ao deixá-lo passar e não agarrar as oportunidades?


O tempo é, um eterno paradoxo, indefinível e gigante, que teimamos dizer que temos poder sobre ele, sendo este o nosso pior erro.


Não consigo e não tenho habilidade para descrever uma coisa indescritível, só quero dizer ao senhor tempo, de que ele seja generoso consigo e com os outros, que ele passe rápido para os agonizados, mas que dure uma eternidade aos gozadores que tem a felicidade em sua vida.


Tempo... Tempo... Tempo...


A única e verdadeira resposta que podemos encontrar dessa palavra, é fazer valer a pena. Por mais que sejam segundos, ou com sorte minutos, que saibamos aproveitá-lo o máximo possível.


Diferente da definição do Dicionário Aurélio, o tempo não é só a medida de duração dos fenômenos, o tempo é nosso melhor amigo, que no último instante nos golpeia com uma arma fatal, e morre para todos, quando todos morrem com o seu próprio tempo.


E o que podemos fazer enquanto a essa situação? Podemos enganar nosso amigo, mostrando que sempre estaremos com a arma na mão, e que quando ele não perceber, o atacaremos com todas as  forças, para evitar seu suicídio.